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A Garota Dinamarquesa, com Eddie Redmayne, é banido no Catar

Escrito por Vinicius Ebenau

O filme A Garota Dinamarquesa, que conta a história de uma das primeiras transexuais da história que passou por cirurgia de redesignação de gênero, Lili Elbe (interpretada por Eddie Redmayne), foi banido no Catar após ter sido lançado no último fim de semana e obtido reclamações online. A informação é do Doha News.

O Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio do país anunciou a proibição através de seu Twitter oficial:

https://twitter.com/mocqatar/status/686482711993700352

Gostaríamos de informar que entramos em contato com o departamento responsável e a exibição do filme A Garota Dinamarquesa agora está proibido nos cinemas. Agradecemos a sua vigilância inabalável.

Um representante da rede de cinemas Qatar Cinemas afirmou que todas as sessões futuras foram canceladas. O longa foi recebido com críticas negativas pela maioria dos catarianos, que o descreveram como “uma contradição à nossa religião [mais da metade da população é islâmica], morais e tradições” e resultou na hashtag Não a exibição de A Garota Dinamarquesa, em tradução livre.

Por outro lado, outros residentes desaprovam a decisão, argumentando que, por ser inspirado em fatos reais, não há “nada fora do normal” e que o repudiamento serve somente para “dar maior publicidade” à obra.

Este não é o primeiro exemplo de censura no Catar. Recentemente, as adaptações bíblicas Noé (com Emma Watson) e Êxodo: Deuses e Reis também foram banidas. Além disso, a comédia O Lobo de Wall Street teve quase 50 minutos de duração cortados por suas cenas de sexo, uso de drogas e xingamentos.

No Brasil, A Garota Dinamarquesa estreia em 25 de fevereiro.

Sobre o autor

Vinicius Ebenau

Vinicius aprendeu com "Harry Potter" a valiosa lição que amigos são uma das coisas mais importantes que existem... porque, sem eles, não teria pego emprestado a maioria dos livros para ler pela primeira vez. Formado em Cinema e Audiovisual, espera que a J.K. Rowling leia essa bio e dê uma chance a ele, pois faria um trabalho mil vezes melhor que o David Yates.