Animais Fantásticos Harry Potter J.K. Rowling

Primeiro texto da História da Magia na América do Norte está no ar! | Século XIV – Século XVII

Escrito por Renato Delgado

A primeira publicação sobre a História da Magia na América do Norte, um compêndio de quatro textos escritos por J.K. Rowling para promover o filme Animais Fantásticos e Onde Habitam, finalmente está no ar! 

Esse texto tem como foco o período de tempo entre o século XIV e o século XVII, que na história dos não-majs envolvem a época de pré-colonização e início da colonização dos países americanos.

Ainda faltam mais três serem divulgados, então anotem na agenda:

  • Século XVII em diante (09/03);
  • A Lei de Rappaport (10/03);
  • Feitiçaria na América dos Anos 1920 (11/03).

Todos eles serão divulgados no Pottermore, mas, é claro, também postaremos aqui no site!

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Século XIV – Século XVII

J.K. Rowling

Embora chamada de “Novo Mundo” pelos exploradores europeus que chegaram ao continente pela primeira vez, os bruxos já sabiam da existência da América muito antes dos trouxas (Nota: cada nacionalidade tem seu próprio termo equivalente a “trouxa”; a comunidade norte-americana usa a gíria “No-Maj”, ou não-maj, uma contração de “não mágico”). Os vários meios de viagem mágica, entre elas as vassouras e a aparatação, sem falar em visões e premonições, demonstram que mesmo comunidades bruxas distantes estavam em contato entre si desde a Idade Média.

As comunidades mágicas indígenas da América do Norte e as da Europa e da África já sabiam da existência uma da outra muito antes da imigração dos não-majs europeus no século XVII e já estavam cientes das várias semelhanças existentes entre suas comunidades. Algumas famílias eram obviamente “mágicas”, e a magia também aparecia inesperadamente em famílias que até então não possuíam qualquer ascendência bruxa conhecida. A proporção entre bruxos e não-bruxos parecia consistente nas populações em geral, assim como as atitudes dos não-majs, onde quer que tivessem nascido. Na comunidade indígena norte-americana, alguns bruxos e bruxas eram aceitos e até enaltecidos em suas tribos, ganhando reputação como xamãs por seu poder de cura ou como caçadores exímios. Outros, no entanto, foram estigmatizados pelas crenças da tribo, em geral sob a alegação de estarem possuídos por espíritos maléficos.

A lenda indígena do “andarilho de peles” – uma bruxa ou um bruxo maligno, que pode se transformar no animal que desejar – tem fundamento em fatos. É uma lenda que cresceu em torno dos animagos indígenas, e os acusava de terem sacrificado parentes próximos para obter seus poderes de transformação. Na verdade, a maioria dos animagos assumia formas animais para escapar de perseguições ou caçar para suas tribos. Tais rumores depreciativos costumavam ser inventados por xamãs não-majs, que às vezes fingiam possuir poderes mágicos e temiam ser descobertos.

A comunidade bruxa indígena norte-americana era particularmente talentosa com magias envolvendo animais e plantas; suas poções, em especial, eram de uma sofisticação muito além do que se tinha conhecimento na Europa. A diferença mais notável entre a magia praticada pelos indígenas norte-americanos e os bruxos europeus estava na ausência de uma varinha.

A varinha mágica foi criada na Europa. Varinhas canalizam a magia para tornar seu efeito mais preciso e poderoso, embora seja de conhecimento geral que a marca dos grandes bruxos e bruxas é a capacidade de produzir magia de altíssima qualidade sem usar nenhuma varinha. Os animagos e criadores de poções indígenas foram a melhor demonstração de que fazer magia sem varinha é um feito de alta complexidade, pois feitiços e transfigurações são muito difíceis sem ela.

Sobre o autor

Renato Delgado

Corvinal de coração, Renato se envolve com sites de "Harry Potter" há mais de dez anos e ainda não se cansou deles! Formado em Letras e quase mestre em Linguística, trabalha com revisão de textos e tradução de filmes e séries de televisão.