Tess Gerritsen, autora do livro Gravidade, resolveu não continuar com a ação que mantinha por quebra de contrato contra a Warner Bros. Pictures e sua subsidiária New Line Cinema pelo longa original de mesmo nome de Alfonso Cuarón. Ela requeria US$ 10 milhões em danos, alegando que o filme é uma adaptação.
Em 1999, Gerritsen vendeu os direitos de sua obra para a New Line. O contrato estipulava que ela receberia o crédito de “baseado em”, um bônus de produção e uma porcentagem dos lucros líquidos. Na trama, uma física chamada Emma Watson (sério), em sua primeira missão à Estação Espacial Internacional, fica abandonada depois de uma série de acidentes matar toda sua equipe. Um ônibus espacial é destruído, e danos à estação exigem que a heroína realize uma perigosa caminhada espacial. Devido a um risco biológico no laboratório, ela fica presa em quarentena, impossibilitada de voltar para a Terra.
Enquanto o projeto estava em desenvolvimento, com roteiro de Michael Goldenberg (Harry Potter e a Ordem da Fênix) e direção de Cuarón, Tess reescreveu o terceiro ato, adicionando uma nuvem de detritos colidindo com a EEI, a destruição completa da estação e a solitária astronauta sobrevivente à deriva em seu traje espacial. Após saber recentemente do antigo envolvimento do diretor por seu agente literário e percebendo as semelhanças, ela buscou ajuda legal.
A autora, que perdeu duas vezes no tribunal, postou em seu blog:
Com base na mais recente decisão […] não tenho fé no sistema ou que o meu caso sequer vai ser ouvido por um júri. Os custos brutais financeiros e emocionais de continuar a lutar pelos próximos anos, contra adversários que têm recursos ilimitados e estão dispostos a usá-los contra mim, e a improbabilidade de que algum dia seremos permitidos nesta sala de audiência para apresentar nossas evidências, me fizeram decidir terminar os meus esforços. […] Essa decisão é minha somente.
Gravidade faturou $716 milhões de bilheteria e conquistou sete Oscars, dentre entres o de Melhor Diretor.