J.K. Rowling

J.K. Rowling fala sobre suas controvérsias em novo podcast jornalístico

Arte do podcast com o título "The Witch Trials of J.K. Rowling" em preto sobre um fundo bege. Nas extremidades, há ilustrações de chamas vermelhas
Escrito por Igor Moretto

No ano passado, J.K. Rowling respondeu a uma carta da jornalista americana Megan Phelps-Roper em que ela perguntava se a autora gostaria de ter uma conversa sobre sua perspectiva e a de seus críticos. O resultado é um novo podcast da empresa de mídia The Free Press chamado The Witch Trials of J.K. Rowling (Os Julgamentos das Bruxas de J.K. Rowling, em tradução livre).

O trailer, que pode ser assistido acima, começa com o testemunho de alguns fãs de “Harry Potter” em um tom otimista que logo se transforma em misterioso quando a jornalista pede a opinião dos fãs sobre a autora da série de livros, J.K. Rowling. Eles pausam, pensam, e um deles pede para opinar sem ser gravado.

Por fim, depois de ilustrar a tensão que ronda o assunto, ouvimos Rowling em si dar sua declaração:

Minha intenção nunca foi chatear ninguém. No entanto, não me senti desconfortável ao descer do meu pedestal. E as respostas que me chamam a atenção nos últimos dez anos e, definitivamente, nos últimos dois ou três anos – principalmente nas redes sociais – são: ‘Você arruinou seu legado’ e ‘Você poderia ser amada eternamente, mas escolheu falar isso.’

E eu penso: ‘Vocês não poderiam ter me compreendido de pior forma.’

O que vem acontecendo com J.K. Rowling

Em 2020, a autora de “Harry Potter” resolveu tornar públicas suas opiniões sobre sexo e identidade de gênero no Twitter. Ela criticou uma matéria em que o termo “pessoas que menstruam” tinha sido usado ao invés de “mulheres”, que, na opinião de Rowling, deveria ter sido o termo adotado. A enorme controvérsia gerada pelo tuíte fez com que ela escrevesse um ensaio sobre sua posição, que só piorou as coisas.

Desde então, Rowling tem recebido uma enxurrada de críticas. Teve quem tentasse explicar suas discordâncias com parcimônia, mas outro grupo muito mais vocal e persistente recorreu a ameaças e respostas violentas nas redes sociais. O podcast tentará investigar os motivos por trás da frustração e da controvérsia. Phelps-Rope explicou:

Quanto mais assistia ao desenrolar da controvérsia, mais queria entender: Como as pessoas envolvidas nesse tipo de conflito enxergavam o que estava acontecendo? Como Rowling via a si mesma e a seus críticos, tanto de hoje quanto do passado, e vice-versa? Por que ela tinha escolhido pagar esse preço? E como a conversa regrediu tanto a ponto de parecer impossível ter uma conversa produtiva?

Então, assim como milhões de leitores de ‘Harry Potter’ antes de mim, mandei uma carta para J.K. Rowling. Era um pedido para entrevistá-la, para conversar sobre o lugar de onde ela fala. E eu expliquei o porquê de eu ser a pessoa certa a fazer isso.

O podcast The Witch Trials of J.K. Rowling chega às plataformas de podcasts no dia 21 de fevereiro, e você pode assiná-lo (e já ouvir o trailer) clicando aqui (Spotify) ou procurando pelo nome do podcast na sua plataforma de podcasts favorita.

Nós do Animagos pretendemos traduzir se não todo o conteúdo do podcast, pelo menos as partes mais importantes. Se você, caro leitor, tiver interesse em nos ajudar nessas traduções, por favor, nos avise nos comentários ou no e-mail contato@animagos.com.br. Desde já agradecemos!

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Sobre o autor

Igor Moretto

Igor já trabalhou como tradutor de conteúdo em diversos sites. Hoje, formado em Produção Audiovisual, procura alimentar o Animagos com novidades e é responsável pelo Podcast Animagos.